Desde que surgiram as primeiras civilizações humanas, existe a necessidade de conectar lugares, pessoas e culturas. Como é da natureza humana sempre adaptar a natureza a seu favor, não tardou para surgirem as primeiras pontes que proporcionaram e continuam proporcionando até os dias de hoje não apenas uma facilidade na locomoção, comércio e viagens, mas o intercâmbio entre pessoas de diferentes regiões.
Portanto, tratamos a construção de pontes como, além de obras importantes para a infraestrutura urbana, um serviço de integração cultural e social. Estamos sempre ligados em novas técnicas e tecnologias que tornam a construção mais eficiente e precisa e como as tecnologias atuais e do futuro começaram a ser construídas lá atrás, como técnicas que hoje podem parecer simples, queremos contar um pouco da história de como a construção de pontes evoluiu ao mesmo tempo que ajudava a humanidade a evoluir junto.
Seria impossível contar tudo desde os primórdios, mas separamos alguns fatos históricos importantes e interessantes. Te convidamos a embarcar conosco nesta viagem pelo tempo e por muitos lugares.
Período romano
Pontes rudimentares existiram muito antes do período do império romano, mas é aqui que começamos nossa história, pois lá houve avanços tecnológicos muito interessantes e de grande importância para o desenvolvimento da engenharia.
No império romano surgiram as primeiras pontes de arco de pedra. Nesta época ainda não havia tecnologia para a construção de grandes pontes, então elas tinham até 30 metros de comprimento. As pontes em arco marcam muito a característica arquitetônica da Roma antiga, bem como do renascentismo. Essas pontes eram construídas com pedras brutas e concreto (uma mistura de brita e argamassa). Eram tão resistentes que várias delas se encontram intactas até os dias de hoje e os conceitos de engenharia empregados nesse período contribuíram muito para o desenvolvimento arquitetônico pelos séculos seguintes.
Período medieval
Após a queda do império romano, a Europa entrou em uma nova era, que não à toa também é chamada de idade das trevas. Neste período, as grandes estradas dos romanos caíram em desuso, já que em vez de um grande império existiam muitos outros menores. Como a arquitetura da época não se preocupava com grandes construções a não ser por templos religiosos e fortificações militares, houve um regresso na tecnologia da construção de pontes e muitos esforços eram dispensados para poder manter aquelas que já haviam sido construídas pelos romanos.
Porém durante o mesmo período houve avanços em outras civilizações fora da Europa. Na China começaram a surgir pontes em arco similares às dos romanos, porém ainda mais avançadas. Temos como maior exemplo a ponte Zhaozhou, que foi a maior ponte de arco único construída na antiguidade e ainda está de pé mais de 1400 anos depois, com uma extensão de 37 metros de vão, diferente das pontes romanas que tinham vários arcos menores.
Período renascentista
O período renascentista, ou idade moderna, vai dos séculos XVI até XVIII e é marcado pelo nascimento da ciência moderna e muitas evoluções na arte e engenharia. Foi uma era de sede por conhecimento e muita pesquisa e nela viveram grandes nomes que reverenciamos até hoje, como Leonardo Da Vinci, Isaac Newton e Galileu.
Este período é marcado pela introdução de diferentes formas geométricas na arquitetura e engenharia, o que refletiu também em novas tecnologias para a construção de pontes. Passaram a utilizar pedras justapostas e, portanto, foi substituído o uso de pedras brutas pelo de pedras cortadas em tamanhos iguais e geométricos, o que fazia da construção ainda mais demorada e tornava necessária uma mão de obra muito mais especializada, mas permitia grande precisão e uma estética totalmente diferente do que se conhecia até então. Um grande exemplo de ponte construída neste período é a Pont Royal, em Paris, que foi finalizada no ano de 1689.
Período industrial
A revolução industrial abalou as estruturas do mundo e nos colocou em uma nova era de tecnologia. O grande crescimento da indústria metalúrgica impactou diretamente na engenharia de todo o continente europeu e, claro, também na forma como eram construídas as pontes.
Neste período surgiram as primeiras pontes com estruturas metálicas. Elas eram mais caras do que as pontes de pedra, porém, por possuírem estruturas leves e resistentes, permitiam se estender por distâncias muito maiores de forma segura e eficiente. O avanço da tecnologia metalúrgica também fazia das pontes de estrutura metálica obras muito mais rápidas do que as pontes de pedra ou alvenaria que eram utilizadas até então. A primeira ponte metálica construída foi a Coalbrookdale, também conhecida como “the iron bridge”, que tinha estrutura toda em ferro e um comprimento de cerca de 30 metros. Não parece uma grande distância, mas o grande avanço tecnológico aqui foi a possibilidade de construir uma ponte que não necessitava de fundamentos dentro do rio, que tinha solo muito instável.
Século XX
Já estamos quase chegando no período contemporâneo e muitas das pontes que usamos no dia a dia foram construídas neste período. Ele foi marcado pela evolução do uso de concreto injetado e por uma grande expansão urbana, que tornou as pontes não apenas formas de atravessar rios e montanhas, mas parte essencial da infraestrutura de grandes cidades.
O surgimento de novos meios de transporte e a popularização de veículos motorizados pessoais também contribuíram para o avanço da construção de pontes, que agora além de se estender por grandes distâncias precisavam ser muito mais largas e suportar um peso muito maior. As grandes pontes do século XX são em sua maioria construídas com uma combinação de fundamentos de concreto injetado e grandes estruturas metálicas, garantindo a leveza, resistência e maleabilidade necessárias para suportar tanto peso por longas distâncias. Um dos exemplos mais famosos é a Golden Gate Bridge, na cidade de São Francisco nos EUA, que tem mais de 2km de comprimento.
Dias de hoje
Atualmente ainda se emprega na maioria das vezes o uso de concreto e metais, mas com técnicas cada vez mais avançadas e materiais cada vez mais leves e resistentes. Ao redor do mundo são criadas novas tecnologias que permitem a construção de pontes grandiosas e ultra resistentes, que além do teste do tempo, resistem a desastres naturais como enchentes e tornados.
Talvez o maior exemplo seja a Danyang – Kunshan Grand Bridge, que fica na China, liga as cidades de Pequim e Xangai e tem incríveis 164km de comprimento. Ela foi criada para o trânsito de trens de alta velocidade e tornou a conexão entre as duas maiores cidades da China muito mais rápida.
Diante de todo este avanço nos últimos séculos, fica a pergunta: como serão as pontes do futuro?
A Pavidez e seus executivos Edson Fernando Maciel Tavares e Eloizio Maciel Tavares estão sempre atentos a novas técnicas e tecnologias, que podem impactar diretamente tanto em construções grandiosas quanto em obras menores que se tornam mais seguras, rápidas e eficientes.